Ilha da Boa Viagem
O nome Ilha da Boa Viagem foi dada pelos navegadores que chegavam ou saíam da Baía de Guanabara se ajoelhavam no convés das embarcações para agradecer a boa viagem que teriam tido ou para pedir a bênção para uma nova viagem fora da Baía. Eram comandantes e marinheiros que ajudavam a manter o local, e os donativos eram dados de acordo com a distância da viagem.
É ocupada pela Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, sobranceira às águas da Guanabara, erguida no século XVIII, no ponto mais elevado da ilha, pelo Provedor da Fazenda Real, Diogo Carvalho da Fontoura, fruto de uma promessa, em agradecimento por uma graça recebida. O dia da padroeira era festejado na capela votiva com celebração de missa e romaria tanto por marinheiros quanto por viajantes.
A ilha abrigou ainda uma bateria artilhada, para complemento da defesa da entrada da barra: a Bateria de Nossa Senhora da Boa Viagem. Duramente castigada pelo fogo da Esquadra durante a Revolta Armada (1893). Ali funcionou, entre 1840 e 1846 a Escola de Aprendizes Marinheiros. No início do século XX, a capela passou a ser cuidada pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar, que exerceu essas funções até 1937, quando esta a devolveu para a União.
Em 1937, foi entregue pela Marinha aos Escoteiros do Mar, sob os cuidados do Almirante Benjamim Sodré, o “Velho Lobo”, para ser um Campo Escola Nacional dos Escoteiros do Mar e sede do 4º Grupo Escoteiro do Mar Gaviões do Mar, grupo do “Velho Lobo”, que é o “Guardião da Ilha”. A ilha é ligada ao continente por uma ponte, construída na década de 1970.
Foto: @marcelloalmofotografia